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Petrópolis, Brasil, 17 Fev (Reuters) – O número de mortos por deslizamentos de terra e inundações na cidade colonial brasileira de Petrópolis subiu para 117 nesta quinta-feira, com a região devendo aumentar ainda mais após quase um século de chuvas torrenciais.
As fortes chuvas da tarde registraram cerca de 6 cm (2,36 polegadas) de chuva na cidade, desestabilizando ainda mais o solo e atrapalhando os esforços para localizar sobreviventes e limpar detritos. A região receberá 4 cm de chuva durante a noite, disseram meteorologistas.
“Há pelo menos seis crianças aqui, e pode haver mais do bairro”, disse o morador Fabio Alves, que observou que os socorristas não estavam procurando a área. Estimamos que mais de 10 pessoas estejam enterradas aqui e precisamos de ajuda”, disse.
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Mais de 700 pessoas fugiram de suas casas e se refugiaram em escolas locais e outros abrigos temporários. O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, comparou nesta quarta-feira os danos à zona de guerra.
“Estou aqui para encontrar minha esposa. Tenho certeza de que ela está aqui. Uma vizinha do andar de baixo disse que ela estava na sacada quando ocorreu o deslizamento”, disse Marcelo Barbosa, outro morador.
Há relatos conflitantes sobre o número de vítimas na tragédia. A polícia diz que mais de 100 pessoas estão desaparecidas, mas pelo menos 35 estão desaparecidas, disse a promotoria.
Durante o dia, eles foram forçados a usar um caminhão com ar-condicionado em um necrotério local à medida que mais vítimas eram trazidas, enquanto outros corpos esperavam para serem identificados por suas famílias.
Vista aérea de um deslizamento de terra no Moro da Officina após fortes chuvas em Petrópolis, Brasil, em 17 de fevereiro de 2022. REUTERS/Ricardo Moraes
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Leandro Montero, chefe da Defesa Civil do Rio de Janeiro, trabalhou noite adentro, com pouca iluminação em solo molhado para encontrar sobreviventes. Dos mais de 500 socorristas, ele também é vizinho e parentes das vítimas ainda estão à procura de entes queridos.
“Moro aqui há 44 anos e nunca vi nada parecido… todos os meus amigos se foram, estão todos mortos, todos enterrados”, disse a moradora Maria José Donte de Aravjo.
Somente na terça-feira, chuvas acima da média em fevereiro inundaram as ruas, destruíram casas, provocaram deslizamentos de terra que atingiram carros e ônibus e causaram centenas de metros (jardas) de danos nas colinas da região. consulte Mais informação
Este é o maior volume de chuvas registrado desde 1932 em Petrópolis, destino turístico da serra do estado do Rio de Janeiro, popularmente conhecida como “Cidade Imperial” por ser as férias de verão da família real brasileira no século XIX.
“Eu nem tenho as palavras. Estou devastado. Estamos todos devastados pelo que perdemos, por nossos vizinhos, nossos amigos, por nossas casas. Ainda estamos vivos. E aqueles que se foram?” Disse a moradora Lucy Vieira dos Santos.
O presidente brasileiro Jair Bolsanaro prometeu visitar a região após retornar de uma visita oficial à Rússia e à Hungria, prometendo assistência federal para ajudar a população e reconstruir a região.
À luz do desastre, o Ministério da Economia brasileiro permitiu isenções fiscais tanto para o Rio de Janeiro quanto para o Espírito Santo, onde fortes chuvas causaram danos.
Desde dezembro, fortes chuvas causaram inundações e deslizamentos de terra em grande parte do Brasil, ameaçando atrasar as colheitas e forçando as operações de mineração no estado de Minas Gerais, norte do Rio, a suspender as operações por algum tempo.
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Reportagem de Sebastian Rocandio em Petrópolis e Rodrigo Vica Gaire no Rio de Janeiro; Reportagem adicional de Eduardo Simos em São Paulo e Marcela Ayers em Brasília; Escrito por Gabriel Arrojo e Ana Mano; Edição por John Stone Street, Alison Williams, Sisu Nomiyama e Diane Kraft
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