Avaí elimina chances de acesso à Série A após empate com Vila Nova e encerra temporada em tabela

Juliana Pires 13

Depois de um empate inesperado por 2 a 2 contra o Vila Nova no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, no dia 8 de novembro de 2025, o Avaí confirmou o que todos já temiam: não há mais jeito de voltar à Série A. O resultado, que viu Gustavo Pajé e João Vieira abrirem a conta para os visitantes, e Cléber e Josmar empatarem nos minutos finais, foi apenas o golpe final em uma campanha que, desde o meio da temporada, perdeu o rumo. Com 52 pontos, o Leão está em nono lugar — e a seis pontos do quarto colocado. Com apenas dois jogos pela frente, a matemática não mente: o acesso está morto.

Uma temporada que desabou nos momentos certos

O Avaí começou o Campeonato Brasileiro Série B com esperanças reais. Treinado por Vinícius Bergantin desde o início do ano, o time mostrou equilíbrio, jogava com intensidade e tinha um ataque eficiente. Mas, a partir da 20ª rodada, as coisas mudaram. Derrotas inesperadas contra times da zona de rebaixamento, empates em casa contra rivais diretos e uma defesa que virou peneira. O time, que tinha 13 vitórias até a 36ª rodada, passou a perder pontos em jogos que deveria vencer. O empate contra o Vila Nova, que estava em 12º lugar com 46 pontos, foi mais um sinal de que a equipe perdeu o foco. O que era para ser uma luta pela vaga nos quatro primeiros virou uma corrida para não cair na zona de rebaixamento — e nem isso está mais em risco.

Cléber, o herói que não salvou o time

Se há alguém que ainda brilha na equipe, é Cléber, o atacante de 33 anos que chegou ao Avaí com a missão de ser o goleador. E cumpriu. Com 11 gols na temporada, ele é o artilheiro da equipe e o terceiro melhor da Série B, atrás apenas de Pedro Rocha (14 gols) e Carlão (13 gols). Mas, mesmo com seu desempenho individual, o time não conseguiu sustentar o ritmo. Cléber marcou nos últimos minutos contra o Vila Nova — um gol de cabeça após cobrança de escanteio — mas não foi suficiente. O que era para ser um gol de despedida gloriosa virou apenas mais um número na estatística. Aos 33, ele pode ter jogado sua última partida com chances de acesso. O futuro? Talvez um novo clube, talvez o fim da carreira.

Os outros que tentaram, mas não conseguiram

Além de Cléber, outros jogadores tentaram puxar o time. Hygor, de 29 anos, e Marcos Vinicius, de 34, cada um com dois gols, deram seu melhor. Mas a equipe, com média de idade de 25,1 anos, segundo o Sofascore, sofre com a falta de identidade tática. O meio-campo, que deveria ser o motor, virou um campo de batalha entre veteranos e jovens sem direção. O técnico Vinícius Bergantin, que chegou com o discurso de modernização, agora enfrenta críticas por não adaptar o sistema às limitações do elenco. Ainda assim, ele mantém a calma. “Estamos jogando pelo orgulho da camisa. Nossa torcida merece isso”, disse após o empate. Mas o orgulho não garante acesso — e isso o Avaí já sabe.

Os dois últimos jogos: só para a tabela

Os dois últimos jogos: só para a tabela

Avaí ainda tem dois jogos pela frente. O primeiro, em 15 de novembro de 2025, contra o Remo, em Belém. O segundo, em 22 de novembro, contra o Athletic Club (ACMG), em Florianópolis. Nenhum dos dois adversários tem chances reais de acesso — e nenhum dos dois tem motivos para se esforçar além do necessário. O Avaí, por sua vez, jogará apenas para tentar melhorar a posição no fim da tabela. Se conseguir superar o Atlético Goianiense, que está em 10º com 51 pontos, poderá terminar em oitavo — um feito que, embora insignificante para a classificação, pode trazer um pouco de conforto à diretoria. Mas o que realmente importa? Nada. A temporada já acabou.

Por que isso importa para o torcedor?

O Avaí é um clube com 102 anos de história, fundado em 1º de setembro de 1923 em Florianópolis. Já foi campeão da Série B em 2008 e chegou à Série A com emoção em 2021. Mas, nos últimos anos, a equipe vive um ciclo de subida e queda. O torcedor que pagou ingresso para ver o time lutar por acesso em 2025 se sentiu traído. Não por falta de esforço — mas por falta de planejamento. O clube investiu em jogadores veteranos, mas não construiu uma base sólida. A torcida, que lotou o Estádio da Ressacada nos primeiros meses, agora vê as arquibancadas vazias. A transmissão dos jogos pelo Disney+ não muda isso. O que falta é esperança. E, agora, ela está ausente.

Quem está subindo? O que acontece agora?

Quem está subindo? O que acontece agora?

Enquanto o Avaí cumpre tabela, os quatro primeiros colocados se preparam para a Série A. O quarto colocado, com 58 pontos, já está garantido. O Atlético Mineiro, o Coritiba e o Cruzeiro — que lideram a tabela — já estão em festa. O que acontece no Avaí? A diretoria terá que decidir: manter Bergantin? Contratar um técnico com perfil mais agressivo? Revolucionar o elenco? O mercado de janeiro será decisivo. Mas, por enquanto, o que resta é esperar. E torcer para que, em 2026, a história seja diferente.

Frequently Asked Questions

Por que o Avaí não pode mais subir para a Série A?

Com 52 pontos e apenas dois jogos restantes, o Avaí precisa vencer ambos e torcer por resultados impossíveis. O 4º colocado tem 58 pontos, e mesmo que o Avaí ganhe os dois jogos e chegue a 58, ele ainda ficaria atrás por critério de saldo de gols (+8 contra +16). A diferença é matematicamente insuperável.

Quem é o artilheiro do Avaí na Série B 2025?

Cléber, de 33 anos, é o artilheiro do Avaí com 11 gols na temporada, o terceiro melhor da competição. Ele marcou nos dois últimos jogos, mas não conseguiu sustentar o time. Seu desempenho individual foi o único ponto positivo de uma campanha desastrosa.

Quais são os próximos jogos do Avaí?

O Avaí enfrenta o Remo em Belém no dia 15 de novembro de 2025, às 19h30 (UTC), e encerra a temporada contra o Athletic Club (ACMG) em Florianópolis em 22 de novembro. Ambos os jogos são em casa para o Avaí, mas já não têm valor competitivo — apenas de honra.

O técnico Vinícius Bergantin vai ficar no clube em 2026?

Ainda não há confirmação. A diretoria avaliará o desempenho da equipe, mas o fracasso em alcançar a Série A pode pressionar pela troca. Bergantin foi contratado para trazer modernidade, mas o time perdeu identidade. Se não houver mudança de rumo, ele pode ser substituído no início do ano que vem.

O Avaí corre risco de rebaixamento?

Não. O Avaí está em 9º lugar, com 52 pontos, e o 16º colocado tem apenas 41 pontos. Mesmo perdendo os dois jogos restantes, o Leão terminará com, no mínimo, 52 pontos — 11 a mais que o primeiro colocado da zona de rebaixamento. A equipe já está salva.

Como está a situação do Vila Nova após o empate?

O Vila Nova permanece em 12º lugar com 46 pontos e também está fora das chances de acesso. O empate foi o terceiro consecutivo para o clube, o que revela uma crise de confiança. O time ainda tem chances de terminar em 10º, mas não luta por nada além da posição na tabela.

  • Cristiane L

    Cristiane L

    nov 11 2025

    Cléber merecia um final melhor, hein? 11 gols e a equipe desmoronando por trás dele... isso dói mais do que perder o acesso.
    Ele merecia um título, um abraço da torcida, algo que valha a pena lembrar.
    Mas não, só ficou no número da estatística.
    Triste.

  • Andre Luiz Oliveira Silva

    Andre Luiz Oliveira Silva

    nov 13 2025

    Caraca, o Avaí tá mais perdido que eu no Tinder depois de um churrasco de 3h. Vinícius Bergantin veio com discurso de modernidade mas esqueceu de colocar o time no modo 'não deixa o adversário respirar'.
    É tipo tentar fazer um bolo com farinha de barro - o ingrediente tá lá, mas o resultado é um desastre filosófico.
    Cléber é o único que ainda acredita, e mesmo ele tá cansado de carregar o time nas costas.
    Se o clube não trocar o mindset, em 2026 a gente vai ver o Avaí jogando contra o São Raimundo-RR por uma vaga na Série C.
    É isso aí, povo. O futebol é um espelho da vida: se você não se recria, você desaparece.

  • Leandro Almeida

    Leandro Almeida

    nov 14 2025

    Ao invés de gastar dinheiro com veteranos, deveriam ter contratado um psicólogo e um técnico de alto rendimento. O problema não é o elenco, é a cultura de mediocridade. O Avaí não perdeu por falta de talento, perdeu por falta de coragem. E isso não se compra em mercado de janeiro. Isso se constrói com identidade, com sangue, com dor. E o clube não tem mais nada disso. Só tem contas a pagar e torcedores enganados.

  • Lucas Pirola

    Lucas Pirola

    nov 15 2025

    ...e o Vila Nova, que tá lá em 12º, também não tem nada a perder...
    ...e o Remo, que tá na zona de rebaixamento, também não liga...
    ...e o Athletic, que tá em casa, também não vai se esforçar...
    ...e o Avaí? Tá lá, jogando por honra, como se isso ainda tivesse valor...
    ...e a torcida? Tá vazia...
    ...e o futuro? Tá em branco...
    ...e o que sobra? Um monte de estatística... e um monte de saudade...

  • kang kang

    kang kang

    nov 15 2025

    Cléber é o verdadeiro herói desse time... 🥲
    11 gols, 33 anos, e ainda tá lá, correndo, lutando, tentando...
    Enquanto o clube vive de promessas vazias, ele vive de gols de cabeça e suor no chão.
    Se ele for embora, o Avaí perde mais que um artilheiro... perde a alma.
    Por favor, não deixem ele ir sem um mural, sem um vídeo, sem um abraço de toda a torcida.
    Ele merece mais que uma estatística.
    Ele merece ser lembrado.
    😭👏

  • Juliana Ju Vilela

    Juliana Ju Vilela

    nov 15 2025

    Olha, eu sei que tá difícil, mas não desiste não, Avaí! A torcida ainda tá aqui, mesmo que as arquibancadas estejam vazias. A gente não esquece o que o time já fez, e a gente não vai esquecer o que ele ainda pode ser!
    Cléber, você é nosso herói! 🏆💛
    Vamos torcer por um final digno, com orgulho, com garra, com amor!
    2026 vai ser diferente, eu acredito!
    Força, Leão! Nós te amamos!

  • Jailma Andrade

    Jailma Andrade

    nov 16 2025

    Quando um clube de 102 anos perde a conexão com sua identidade, o problema não é técnico, é cultural.
    O Avaí foi feito por operários, pescadores, gente da Ressacada que vivia o futebol como parte da vida, não como negócio.
    Hoje, o clube parece um banco que só pensa em balanço e contratações de nome, não de coração.
    Cléber é a última ponte com esse passado.
    Se ele for embora, o que resta? Um logo. Uma camisa. Um nome. Mas não uma alma.
    É hora de voltar às raízes, não às estatísticas.

  • Leandro Fialho

    Leandro Fialho

    nov 17 2025

    Sei que tá triste, mas a gente tem que olhar pra frente. O Avaí não tá no fundo do poço, tá só em uma curva. A Série B é um lugar que ensina mais do que a Série A. Eles aprenderam que veteranos sozinhos não vencem. Agora é hora de apostar nos jovens, no centro de treinamento, na base.
    Cléber? Ele vai ser o mentor. O cara que passa o bastão.
    Se a diretoria tiver coragem de mudar, 2026 pode ser o ano da renascença.
    Não é o fim. É só um novo começo, só que mais difícil.

  • Eduardo Mallmann

    Eduardo Mallmann

    nov 18 2025

    É inegável que a decadência do Avaí reflete uma falha sistêmica na gestão esportiva brasileira: a priorização do resultado imediato em detrimento da construção de um projeto de longo prazo. A contratação de jogadores de idade avançada, sem a devida integração com a base juvenil, constitui uma estratégia obsoleta, anacrônica e, em última instância, antiética em relação à formação de identidade coletiva. O futebol não é um mercado de ações, é uma instituição cultural. E instituições culturais, quando tratadas como empresas, sucumbem à lógica da efemeridade. O Avaí não perdeu acesso. Perdeu sentido.

  • Timothy Gill

    Timothy Gill

    nov 19 2025

    Cléber é o único que ainda joga com alma
    o resto é só nome no cartão
    o técnico fala bonito mas não sabe o que fazer
    torcida sumiu porque ninguém acredita mais
    o clube tá mais perdido que o Brasil no Mundial
    2026 vai ser igual
    se não mudar nada
    mesmo que eu não queira acreditar
    é isso aí

  • David Costa

    David Costa

    nov 20 2025

    Se vocês acham que o problema é só o técnico ou os jogadores, estão enganados. O Avaí é um reflexo do Brasil. Um país que investe em soluções rápidas, em nomes famosos, em contratações de último minuto, mas nunca constrói estruturas. A escola de futebol? Desativada. O centro de treinamento? Abandonado. A base? Esquecida. Enquanto isso, o clube gasta fortunas em jogadores que chegam com o currículo cheio e o coração vazio. Cléber é o último símbolo da era em que o Avaí era mais que um time - era uma comunidade. Hoje, é apenas um patrimônio administrado por gestores que só sabem calcular lucro e prejuízo. E quando o futebol vira contabilidade, a alma some. E com ela, a esperança.

  • Willian de Andrade

    Willian de Andrade

    nov 22 2025

    o cléber é o único q ainda da um pouco de orgulho
    o resto é só tristeza
    2026 vai ser diferente? espero que sim
    mas se nao mudar nada... vai ser pior
    torcida vazia... time sem rumo...
    é isso aí

  • Thiago Silva

    Thiago Silva

    nov 23 2025

    Eu sei que parece que tudo acabou... mas eu lembro de 2021, quando todo mundo dizia que o Avaí não tinha chance e a gente subiu com tudo.
    Hoje tá difícil, mas o amor pelo clube não morre com um empate.
    Cléber tá lá, lutando. A torcida tá lá, mesmo sem ir ao estádio.
    Se a diretoria tiver coragem de ouvir, de mudar, de investir de verdade... a gente ainda pode voltar.
    Não é o fim. É só um momento difícil.
    Eu acredito. E vocês?