Maíra Cardi, que se tornou uma figura pública bem conhecida no Brasil, está atualmente em um período bastante delicado de sua vida pessoal e profissional. Aos 41 anos, decidiu compartilhar com seus seguidores no TikTok e outras plataformas de mídia social seu desejo e esforços para remover a substância polimetilmetacrilato (PMMA) de seu rosto. Para muitos, esta parte da sua jornada é um exemplo de coragem e um alerta sobre os perigos potencias da utilização de substâncias não aconselhadas em procedimentos estéticos.
O interesse de Maíra por intervenções estéticas nunca foi um segredo. No entanto, a decisão de aplicar PMMA foi algo que a influenciadora lamenta profundamente, especialmente por não ter conhecimento pleno dos perigos envolvidos na época. PMMA é um material utilizado para preenchimento, mas sua permanência prolongada no corpo pode trazer consequências adversas, como inflamações, infeções e outros riscos que estão longe de serem triviais.
Após enfrentando inchaços frequentes e desconforto, Maíra decidiu procurar dois especialistas médicos para entender melhor os riscos e viabilidade de remover o PMMA do seu corpo. Ambos os médicos a aconselharam contra a remoção, destacando que, além dos riscos inerentes à substância, o PMMA está localizado em uma área sensível do rosto. A remoção poderia danificar nervos responsáveis pelas expressões faciais, resultando em consequências graves e indesejáveis.
Essas informações deixaram Maíra em um dilema. As palavras dos médicos ecoaram fortes advertências sobre os perigos envolvidos no procedimento de remoção, ao mesmo tempo que ela continua sentindo os impactos negativos do material em seu rosto, um dilema que muitos podem enfrentar, especialmente à medida que os tratamentos estéticos se tornam mais comuns e desejados.
Parte da urgência de Maíra em lidar com a questão do PMMA reside em seus planos de ter um filho com seu marido, Thiago Nigro. O planejamento familiar é uma prioridade para ela, mas as consequências potenciais do PMMA durante a gestação a assombram. Os médicos mencionaram que podem surgir complicações não apenas pela presença da substância, mas também pelo possível agravamento das condições atuais de sua pele.
Esse aspecto da saúde reprodutiva feminina em combinação com cirurgia estética é um tema complicado, levantando dúvidas sobre a segurança de alguns processos e como eles podem afetar as próximas gerações. Como uma figura pública com milhões de seguidores, Maíra tem falado abertamente sobre esses desafios, utilizando sua plataforma para educar e alertar outras mulheres que possam estar considerando procedimentos semelhantes.
Os vídeos de Maíra sobre o tema rapidamente ganharam popularidade. As consultas sobre o PMMA reuniram mais de 700.000 visualizações e as discussões sobre gravidez alcançaram mais de 1 milhão de visualizações. A resposta do público foi variada, muitas vezes dividida entre simpatia por sua situação pessoal e crítica sobre a aplicação do PMMA inicialmente.
A realidade é que o caso de Maíra ilustra um problema mais amplo na indústria da beleza. O uso de substâncias como PMMA para fins cosméticos é fortemente desencorajado por organismos de saúde, incluindo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses órgãos alertam para riscos como nódulos, inflamação, infecção, necrose, cegueira, embolia e até morte – uma lista alarmante para qualquer substância injetada no corpo.
A história de Maíra Cardi serve como um farol de alerta para muitos. É um lembrete importante de que, apesar das pressões da sociedade para alcançar certos padrões de beleza, a saúde e o bem-estar devem sempre ser prioritários. Sua disposição em discutir abertamente seus desafios pessoais encoraja uma conversa mais franca sobre procedimentos estéticos e seus possíveis riscos, impulsionando uma conscientização vital sobre o assunto.
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