Warriors assinam Seth Curry e buscam troca com Pelicans enquanto Stephen Curry se recupera

Os Golden State Warriors assinaram o veterano armador Seth Curry para o restante da temporada nesta segunda-feira, 2 de dezembro de 2025 — uma movimentação que, por fim, coloca os irmãos Curry no mesmo elenco da NBA, mesmo que Stephen Curry ainda esteja fora das quadras. A decisão, revelada por fontes ao ESPN, não foi apenas emocional, mas também estratégica: um pulo de 14 para 15 jogadores no elenco, possível graças à flexibilidade criada por uma regra rígida do salary cap. Eles estavam presos no segundo "aprón", um limite financeiro que os obrigava a manter apenas 14 jogadores no início da temporada para liberar espaço para uma contratação posterior. Agora, Seth está de volta onde começou: no sistema de desenvolvimento dos Warriors, antes de percorrer 10 times diferentes em 11 anos para construir sua própria lenda — longe da sombra do irmão mais velho.

Stephen Curry fora, mas os Warriors vencem os Pelicans

Enquanto Stephen Curry se recupera de uma lesão no quadríceps esquerdo, sofrida no dia 27 de novembro contra os Houston Rockets, os Warriors venceram os New Orleans Pelicans por 104 a 96 no Chase Center, em San Francisco, no sábado, 30 de novembro. Foi uma vitória suada, quase impossível. Sem o camisa 30, o time começou o jogo 1 de 19 nos arremessos de três pontos. No primeiro tempo, foram apenas 2 de 22 — o pior desempenho da equipe em 367 jogos sob o comando de Steve Kerr. Terminaram com 12 de 47 (25,5%), mas ainda assim venceram. Por quê? Porque Jimmy Butler decidiu. Com 24 pontos, 10 assistências e oito rebotes, ele liderou a equipe como um general em tempos de guerra. Gary Payton II somou 19 pontos e 11 rebotes, e Brandin Podziemski, o jovem promessa, fez 15 pontos e seis assistências. Os Pelicans, por sua vez, contaram com Zion Williamson (25 pontos, 7 rebotes) e Saddiq Bey (21 pontos), mas perderam o jogo quando Jeremiah Fears foi expulso com 44,6 segundos restantes — seu segundo técnico. O centro Kevon Looney, que venceu três títulos com os Warriors entre 2015 e 2022, enfrentou seu ex-time como titular da equipe de Nova Orleans. Curiosamente, ele foi listado entre os cinco jogos mais aguardados da temporada pelos fãs dos Pelicans.

Os Warriors querem Trey Murphy — mas não vão entregar seu pick de 2026

A vitória contra os Pelicans não foi apenas um alívio. Foi um sinal. Um aviso. Os Warriors, com recorde de 11-10, estão vendo o elenco adversário como um catálogo de peças que podem complementar sua base. Segundo o site Golden State of Mind, em 1º de dezembro, a diretoria está explorando trocas para trazer Trey Murphy, o ala de 19,7 pontos por jogo que ficou de fora do confronto de sábado por dor no cotovelo direito, ou Herb Jones, o defensor versátil que marcou 12 pontos na derrota de 124-106 para os Warriors em 16 de novembro. Mas há uma condição: os Warriors não estão dispostos a sacrificar seu pick de primeira rodada de 2026. É um ponto de não retorno. Por quê? Porque, mesmo com Stephen fora, o time acredita que ainda tem chance de entrar nos playoffs. E esse pick é a moeda de troca mais valiosa que têm — e talvez a única que os mantenha competitivos no futuro.

Por que Seth Curry agora? O que mudou?

Seth Curry, 34 anos, entrou na NBA em 2013. Fez 945 cestas de três pontos — a sétima maior média de precisão da história (43,3%). Na temporada passada, foi o melhor da liga: 45,6% de aproveitamento. Mas ele nunca jogou com Stephen. Nunca. Mesmo quando ambos estavam no mesmo time, em 2014, Stephen estava em recuperação de lesão. Agora, finalmente, o momento chegou. Por que agora? Porque o sistema de cap do NBA permitiu. Porque Stephen está lesionado, e o time precisa de alguém que entenda o sistema ofensivo de Kerr. Porque Seth quer, de verdade, jogar com o irmão. "Eu sempre quis", disse ele em entrevista ao Bay Area News Group em outubro. "Mas nunca foi o momento certo. Hoje, é." A reunião não é só familiar — é tática. Seth encaixa como uma peça de quebra-cabeça que faltava: um lançador de três pontos que movimenta a defesa, abre espaço para Butler e Podziemski, e sabe jogar sem a bola. Ele não precisa ser o centro. Só precisa ser eficiente. E ele é.

O que vem a seguir? O calendário aperta

Os Warriors enfrentam os Oklahoma City Thunder na terça-feira, 3 de dezembro, em casa. Seth Curry deve estrear. Stephen Curry será reavaliado na próxima semana. Se ele voltar antes do fim do ano, os fãs terão o que nunca viram: os irmãos Curry jogando juntos em um jogo oficial da NBA. Enquanto isso, os Pelicans viajam para enfrentar os Lakers no domingo, 1º de dezembro, e ainda precisam lidar com a ausência de Trey Murphy. A pressão aumenta. Os Warriors não podem mais perder muitos jogos. E os Pelicans? Eles precisam de vitórias para manter o topo da Conferência Oeste. A batalha entre os dois times não é só no placar — é por jogadores, por draft picks, por futuro.

Um capítulo inédito na história da NBA

Nunca antes na história da NBA dois irmãos com o mesmo sobrenome — um MVP, um dos maiores arremessadores de todos os tempos, e o outro, o eterno segundo fiddle — jogaram juntos em um jogo regular. Ainda. Mas agora, com Seth no elenco e Stephen se recuperando, isso pode se tornar realidade. E não é só um momento emocional. É um teste para a gestão dos Warriors. Eles estão jogando com um elenco limitado por regras financeiras que poucos entendem. Mas estão fazendo tudo certo: contratar o jogador certo no momento certo, manter os ativos valiosos, e ainda assim competir contra times mais ricos. O que começou como uma solução de cap se transformou em um símbolo: a lealdade, a paciência e a inteligência podem vencer o dinheiro. E talvez, só talvez, os Curry vão escrever juntos o próximo capítulo da lenda.