Quando Petrobras anunciou a abertura das inscrições para o Programa Petrobras Jovem Aprendiz 2025 na segunda‑feira, 6 de outubro, o país recebeu um convite que mistura oportunidade e responsabilidade social. O período de cadastro gratuito vai de 6 a 12 de outubro – só seis dias – e já contabiliza mais de 700 vagas espalhadas por 13 estados e o Distrito Federal. A proposta, que tem duração total de 21 meses, segue a Lei de Aprendizagem brasileira, garantindo salário mínimo integral (R$ 1.518) e jornada de quatro horas diárias, totalizando 20 horas semanais.
Contexto e histórico do programa Jovem Aprendiz
O programa de aprendizagem foi criado nos anos 2000 como um instrumento de inserção de jovens no mercado formal. Desde então, a Petrobras tem ampliado a iniciativa, passando de algumas dezenas de vagas para uma escala nacional. Em 2024, por exemplo, foram oferecidas 550 posições, e a edição de 2025 chega com 25% a mais, refletindo o compromisso da empresa com a geração de emprego juvenil em áreas estratégicas da energia.
Além da experiência prática, os aprendizes recebem certificação profissional reconhecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), parceiro chave da Petrobras nesta edição. A parceria, firmada em 2022, permite que os participantes façam cursos técnicos em paralelo ao trabalho cotidiano, garantindo uma formação completa e alinhada às demandas do setor.
Detalhes das vagas e requisitos
Os requisitos são simples, mas rigorosos: idade entre 14 anos completos e 21 anos e 7 meses na data da inscrição, matrícula ativa no Ensino Médio (para quem ainda está estudando) e disponibilidade para cumprir a jornada de quatro horas diárias. O programa oferece duas modalidades – aprendizagem básica e técnico‑profissional – que contemplam áreas como eletricista industrial, mecânico de manutenção, assistente de gerenciamento de obras, suporte técnico em TI, petroquímica, logística e muitas outras. Os jovens selecionados ainda contam com vale‑transporte, décimo terceiro salário, férias remuneradas, FGTS e a opção de aderir a um plano de previdência complementar.
As vagas estão distribuídas em 22 municípios, entre eles Brasília, Manaus (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Linhares e Vitória (ES), Betim e Juiz de Fora (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Natal (RN), Canoas (RS), Aracaju (SE), Cubatão, Mauá, Paulínia, Santos e São José dos Campos (SP), Duque de Caxias, Macaé, Rio de Janeiro e São Gonçalo (RJ), e Três Lagoas (MS). A lista completa aparece abaixo:
- Manaus – Amazonas
- Salvador – Bahia
- Fortaleza – Ceará
- Linhares – Espírito Santo
- Vitória – Espírito Santo
- Betim – Minas Gerais
- Juiz de Fora – Minas Gerais
- Recife – Pernambuco
- Curitiba – Paraná
- Natal – Rio Grande do Norte
- Canoas – Rio Grande do Sul
- Aracaju – Sergipe
- Cubatão – São Paulo
- Mauá – São Paulo
- Paulínia – São Paulo
- Santos – São Paulo
- São José dos Campos – São Paulo
- Duque de Caxias – Rio de Janeiro
- Macaé – Rio de Janeiro
- Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
- São Gonçalo – Rio de Janeiro
- Três Lagoas – Mato Grosso do Sul
- Brasília – Distrito Federal
Cotas e inclusão social
Um dos grandes diferenciais desta edição é o sistema de cotas que reserva 30% das vagas para pessoas negras, indígenas e quilombolas; 20% para pessoas com deficiência (PCDs); 15% para adolescentes que foram egressos de trabalho infantil ou análogo à escravidão; e 10% para jovens em acolhimento institucional ou que estejam cumprindo medida socioeducativa. Além das cotas, foi criado um critério de pontuação que prioriza quem vive em situação de vulnerabilidade ou risco social, reforçando o papel da Petrobras como agente de transformação.
Essas regras foram elaboradas em conjunto com o Ministério da Economia e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que acompanharão os indicadores de inclusão ao longo dos 21 meses de contrato.
Parceria com o SENAI e áreas de atuação
A parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) garante acesso a mais de 30 cursos técnicos, todos gratuitos para o aprendiz. Entre as formações disponíveis estão:
- Eletricista industrial
- Mecânico de manutenção
- Assistente de gerenciamento de obras
- Eletricista predial
- Encanador hidráulico
- Soldador
- Assistente administrativo
- Suporte técnico em TI
- Desenvolvimento de sistemas
- Petroquímica e química
- Logística
Impacto esperado e perspectivas
Analistas do mercado de trabalho estimam que a inserção de mais de 700 jovens em áreas técnicas pode gerar, em médio prazo, até 1.200 empregos diretos nas cadeias de suprimentos da Petrobras. Além disso, o programa cria um efeito de "ponto de partida" para a carreira de quem completa a aprendizagem, facilitando o acesso a estágios universitários e vagas de nível pleno.
Em termos de responsabilidade social, a iniciativa reforça o compromisso da empresa com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, especialmente o ODS 8 (Trabalho Decente e crescimento econômico) e o ODS 10 (Redução das desigualdades).
Para os jovens, a oportunidade pode significar a diferença entre permanecer na informalidade ou iniciar uma trajetória profissional estável. Como diz um dos coordenadores do programa em São Paulo, "é a chance de aprender na prática enquanto ainda está no colégio, sem precisar escolher entre estudo e trabalho".
Perguntas Frequentes
Quem pode se inscrever no Programa Petrobras Jovem Aprendiz 2025?
Podem se inscrever jovens com idade entre 14 anos completos e 21 anos e 7 meses na data da candidatura, que estejam matriculados no Ensino Médio ou já concluído o ensino, e que atendam a algum dos critérios de cotas ou pontuação de vulnerabilidade social.
Quais são os benefícios oferecidos além do salário?
Além do salário mínimo, os aprendizes recebem vale‑transporte, décimo terceiro salário, férias remuneradas, FGTS, plano de previdência opcional e acesso ao Programa de Atividade Física da empresa. Também têm direito a cursos técnicos gratuitos via SENAI.
Como funciona o sistema de cotas?
O programa reserva 30% das vagas para negros, indígenas e quilombolas; 20% para pessoas com deficiência; 15% para quem já foi vítima de trabalho infantil ou análogo à escravidão; e 10% para jovens em acolhimento institucional ou sob medida socioeducativa. A seleção ainda usa pontuação extra para priorizar quem vive em situação de risco social.
Em quais cidades as vagas estarão disponíveis?
As oportunidades são distribuídas em 22 municípios, entre eles: Manaus, Salvador, Fortaleza, Linhares, Vitória, Betim, Juiz de Fora, Recife, Curitiba, Natal, Canoas, Aracaju, Cubatão, Mauá, Paulínia, Santos, São José dos Campos, Duque de Caxias, Macaé, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Três Lagoas e Brasília.
Qual a duração do contrato de aprendizagem?
O programa tem duração total de 21 meses, período em que o aprendiz cumpre a jornada de quatro horas diárias e participa dos cursos técnicos oferecidos pelo SENAI.
10 Comentários
Cinthya Lopes
out 7 2025Ah, que surpresa, a Petrobras finalmente decidiu abrir 700 vagas de aprendiz, como se o Brasil fosse um parque de diversões de oportunidades. A gente só pode agradecer por esse gesto tão... generoso.
Rachel Danger W
out 7 2025E a gente sabe que nada sai de graça, né? Enquanto eles anunciam esses 700 aprendizes, os bastidores sussurram que há um plano secreto para dominar o mercado de energia com a mão de jovens treinados. Mas, olha, é incrível ver a Petrobras dando uma chance de ouro pra nossa gente, principalmente pra quem vem de regiões onde a esperança costuma estar em baixa. No meu ponto de vista, essa iniciativa pode ser a faísca que faltava para mudar o futuro dos nossos filhos. E se alguém duvidar, eu sempre digo que o poder da união faz a força.
Jeferson Kersten
out 7 2025Os requisitos são claros: idade entre 14 e 21 anos, matrícula em curso regular e disponibilidade de quatro horas diárias. Não há margem para interpretações vagas; quem não cumprir esses critérios será imediatamente desclassificado. Vale lembrar que a lei de aprendizagem impõe rigor na seleção, portanto, as empresas que não aderirem podem ser penalizadas.
Ryane Santos
out 7 2025A abertura de mais de setecentas vagas de Jovem Aprendiz pela Petrobras representa, sem sombra de dúvidas, um marco significativo no cenário educacional e profissional brasileiro.
Primeiramente, a distribuição geográfica das oportunidades, contemplando vinte e duas cidades, demonstra uma estratégia deliberada de democratização do acesso ao mercado de trabalho.
Tal política, ao alocar vagas em regiões historicamente menos favorecidas, como o interior do Nordeste, tem o potencial de estimular desenvolvimento econômico local.
Além disso, a parceria com o SENAI assegura que os aprendizes não apenas recebam remuneração, mas também obtenham qualificação técnica reconhecida nacionalmente.
Os cursos oferecidos variam desde eletricista industrial até suporte técnico em TI, cobrindo um espectro amplo que corresponde às demandas da própria Petrobras e de setores adjacentes.
Ao proporcionar formação prática aliada ao aprendizado teórico, a iniciativa cria um ciclo virtuoso de capacitação que pode, inclusive, reduzir a rotatividade de mão de obra especializada.
Outro ponto relevante é a inclusão das cotas, que destinam porcentagens específicas para negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e jovens em situação de vulnerabilidade.
Esse mecanismo de ação afirmativa não só cumpre a legislação vigente, como também promove justiça social ao reconhecer disparidades históricas.
A remuneração mínima de R$ 1.518, somada a benefícios como vale‑transporte, décimo terceiro salário e FGTS, estabelece um padrão de contrato digno para o aprendiz.
A jornada de quatro horas diárias permite que o jovem concilie trabalho e estudos, mitigando o dilema clássico entre ganhar experiência e concluir o ensino médio.
Em termos de perspectiva de carreira, os aprendizes que concluírem o programa podem se tornar candidatos mais competitivos para estágios universitários e vagas de nível pleno.
A experiência prática adquirida em projetos reais da Petrobras confere ao currículo uma relevância que oftentimes não é encontrada em estágios puramente acadêmicos.
Do ponto de vista macroeconômico, a inserção de mais de setecentos jovens no mercado de trabalho formal pode gerar efeitos multiplicadores, estimulando a demanda por bens e serviços.
Analistas projetam que, ao longo dos próximos anos, esse contingente de aprendizes possa gerar até mil e duzentos empregos indiretos nas cadeias de suprimentos da companhia.
A longo prazo, essa estratégia de investimento em capital humano pode representar uma vantagem competitiva para a Petrobras, ao construir uma reserva de talentos alinhados à cultura corporativa.
Portanto, ao analisar os múltiplos benefícios – sociais, econômicos e estratégicos – fica claro que o programa Jovem Aprendiz de 2025 pode ser considerado um investimento inteligente tanto para a empresa quanto para a sociedade brasileira.
Marco Antonio Andrade
out 7 2025Concordo plenamente com o que você descreveu, Ryane. Essa iniciativa realmente tem potencial de transformar vidas e ainda fortalecer a própria Petrobras. É ótimo ver um programa tão bem estruturado.
Willian Yoshio
out 7 2025Tô mais animado que nunca pra me inscreve, essa chance parece mágica. Só falta eu lembrar de levar o comprovante de matricula e pronto, ta tudo certo pra concorre.
Ana Lavínia
out 7 2025A Petrobras abriu vagas; é uma ótima iniciativa, porém; muitos jovens não sabem como se inscrever; então é fundamental divulgar amplamente.
Verônica Barbosa
out 8 2025Nossa gente merece mais que promessas vazias. Esta é a hora de apoiar a Petrobras.
Túlio de Melo
out 8 2025Ao refletir sobre a natureza do aprendizado, percebe‑se que o trabalho não é apenas um meio de subsistência, mas uma jornada de autoconhecimento que enriquece a alma do aprendiz.
Jose Ángel Lima Zamora
out 8 2025Em conformidade com a Lei de Aprendizagem (Decreto n.º 10.396/2020), a Petrobras observará estritamente os requisitos de idade, escolaridade e jornada de trabalho, garantindo, assim, a plena legalidade do programa.